Aluna: Eliana Dias Perpétuo
O II levantamento Nacional se Álcool e Drogas revelou que o Brasil representa 20℅ do consumo mundial de cocaína, e desponta como o maior mercado de Crack. Em relação a Maconha as estimativas informar que frequentemente 3℅ da população adulta faz uso e isso equivale a mais de 3 milhões usuários, observando-se que os homens consomem 3 vezes mais que as mulheres e desse total 1℅ da população masculina é efetivamente dependente. Outro dado alarmante mostra que cerca de 67 milhões de pessoas consomem álcool com regularidade, das quais 17℅, ou seja, aproximadamente 11 milhões, apresentam uso abusivo ou dependência.
A problemática de dependência química vai além do indivíduo , perpassando suas questões de saúde, alcançando suas demandas sociais, psicológicas e familiares.
Assim, este problema encontra-se inserido em diversos âmbitos, com destaque para a relação que apresenta com o comportamento suicida, por constituir fator de risco para sua ocorrência.
Para o ano de 2012, apresentou-sr a estimativa de 804 mil óbitos no mundo, o que representou um taxa mundial de 11,60 mortes por 100 mil habitantes. E por assim ser ressalta-se que este também está entre os problemas de Saúde Pública.
O suicídio decorre da interação de fatores psicológicos, sociais e culturais devendo ser analisado em suas diferentes expressões. Estima-se que para suicídio consumado, ocorreram de 10 a 20 tentativas, dado que mostra o tamanho do problema.
A relação entre consumo de álcool, tentativa de suicídio e depressão foi investigada em estudo que verificou a presença de uso nocivo de bebidas alcoólicas, tentativas de suicídio b, depressão, uso de psicofármacos e soropositividade para HIV como fatores de riscos associados a tentativa de suicídio.
Homens usuários de álcool e outras drogas em tratamento em Centro de Atenção Psicossocial relataram uso de drogas como motivação para o comportamento suicida, sendo ainda a desesperança e as relações familiares fragilizadas em consequência dá dependência e a intenção de eliminar a própria vida a maneira de cessar o incomodo familiar. Entendo sem esse gesto como a única maneira de acabar com os maltratar a família.
Nesse contexto, ressalta-se a relevância de atenção a saúde de indivíduos envolvidos com a problemática das drogas. Cabe ao enfermeiro por ser o profissional que lida diretamente com essas demandas nos serviços de saúde, grande responsabilidade na identificação de situações de risco, sobretudo relacionadas ao abuso e a dependência de drogas para o comportamento suicida, a fim de evitar a antecipação do fim da vida.
Com base na magnitude da questão relacionada ao uso problemático de substâncias psicoativas e do suicídio e a associação entre elas as situações elenca-se, como objetivo desta investigação, descrever o perfil de dependente químicos atendidos em mim serviço de saúde mental, a frequência de comportamento suicida entre os participantes e as associações entre as duas problemáticas.
Este estudo possibilitou identificar o perfil de dependentes químicos atendidos em um centro de atenção psicossocial, a frequência de comportamento suicida entre esse público e as associações presentes que podem levar a ocorrência desse agravo. Atenta-se para o perfil dos dependentes químicos com comportamento suicida na instituição. São jovens, que possuem alguma comorbidade psiquiátrica, transtornos de humor e/ou depressão, com presença de conflito familiar, datas importantes coincidindo com o comportamento suicida e cujas mães tem história psiquiátrica.
Destacam-se a relevância desta investigação por ter possibilitado o conhecimento desses fatores, bem como proporcionar a construção de inferências que se fazem importantes na compreensão da problemática do suicídio e sua relação com a dependência química.
Dados os resultados obtidos, este estudo pode proporcionar subsídios para construção de ações políticas e programas direcionados a essas problemáticas, bem como para a realização de outros estudos que busquem contribuir para a compreensão do comportamento suicida entre dependentes químicos.
*FONTE: www.scielo.br/pdf/reben/v69n2/0034-7167-reben-69-02-0389.pdf*
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