Aluna Maria de Lourdes de Assunção.

O suicídio entre pessoas idosas constitui hoje um grave problema para a sociedade das mais diversas partes do mundo.

A população acima de 60 anos é a que mais cresce no Brasil e na maior parte do mundo, o que justifica um olhar atento para os problemas sociais e de saúde pública dessa faixa etária.

Deve-se dar bastante atenção à depressão, assim como às questões de aspectos sociais da terceira idade. Alguns fatores tornam a situação mais crítica, como, por exemplo: estar passando por mais perdas, estar passando por aposentadoria e não se sentir mais útil, os filhos terem saído de casa e de ter mais dificuldades de se encaixar em uma sociedade como a nossa, que não está preparada para acolher os idosos.

A incidência dos suicidas é maior entre quem vive sozinho. Na terceira idade, com o desencantamento do papel do idoso na sociedade, ele fica cada vez mais sozinho.

O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídio.
No Brasil a cada 100 mil habitantes 4,8 cometem suicídio.
Já entre os idosos acima de 75 anos, esse índice passa para 15.
Por trás do desejo de antecipar o fim da vida está a dor das perdas:
perda da saúde, autonomia produtiva, papéis sociais, perdas de cônjuges, amigos, cuidadores e de outras pessoas nas quais eles depositam confiança.

Pesquisas dizem ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e apenas 28 países do mundo possuem planos estratégicos de prevenção à mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais.

No Brasil, até pouco tempo atrás, o suicídio não era visto como um problema de saúde pública. Apenas recentemente o manual publicado pela Associação brasileira de psiquiatria reconhece o item “prevenção ao suicídio”.

Fonte: ABP.
Associação brasileira de psiquiatria.

O suicídio na terceira idade