Aluno: Gilberto de Moraes Fernandes

Introdução
O uso excessivo de álcool e o abuso de outras drogas têm se constituído problemática acentuadamente complexa na sociedade atual. Existem evidências de que o consumo destas substâncias psicoativas é prevalente em todo o mundo e está associado a problemas de saúde pública. Tais substâncias constituem fator de risco para uma grande variedade de problemas de saúde, sociais, financeiros e de relacionamento para os indivíduos e suas famílias (SENAD, 2007).
Dados indicam que álcool, tabaco e drogas ilícitas estão entre os 20 maiores fatores de risco de problemas de saúde identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O tabaco é responsável por 9% de todas as mortes, enquanto o álcool é apontado como responsável por 3,2% e as drogas ilícitas, por 0,4% de todas as mortes (SENAD, 2007).
A prevalência do alcoolismo na população brasileira é 12,3%, a da dependência de tabaco é 10,1% e de outras drogas é 2,2%. Além da dependência, a maior parte dos danos relacionados ao álcool e às drogas afeta um grupo de usuários mais amplo, constituído pelos usuários de risco 1 e usuários nocivos 2. Uma variedade de danos à saúde pode estar relacionada ao uso de álcool e de outras drogas, tais como a diminuição da imunidade às infecções, a ansiedade, a depressão, os problemas com o sono e os problemas físicos específicos (SENAD, 2007).
O uso de drogas ativa o sistema de recompensa cerebral, localizado no sistema límbico, que é responsável pelas emoções, sensações de prazer e está também relacionado ao desejo do consumo de drogas. O circuito de prazer começa na área tegumentar ventral localizada na região cinzenta do tronco cerebral. Impulsos elétricos são criados nessa região a partir do uso e abuso de drogas e esses estímulos atingirão o núcleo accubens e posteriormente o cortéx pré-frontal, região responsável pelo comportamento emocional. Os neurônios presentes nessa via são chamados dopaminérgicos e basicamente liberam dopamina, substância relacionada com o prazer, aumentando seu nível no cérebro e proporcionando as sensações prazerosas da droga(BRUST, 1999).

Os Efeitos Álcool no Organismo

A ingestão de álcool produz diversos efeitos, que se manifestam em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Inicialmente, após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade. Em seguida começa a aparecer os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo levar ao estado de coma. O consumo de bebidas alcóolicas também pode provocar alguns efeitos desagradáveis, como enrubescimento da face, dor de cabeça e um mal-estar geral. Esses efeitos mais intensos para pessoas cujo o organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool.
O uso abusivo e a dependência do álcool podem levar os indivíduos a desenvolver vários tipos de doenças. As mais frequentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose), problemas do aparelho digestivo ( gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite) e ainda, os casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e câimbras nos membros inferiores (SENAD, 2007)

Os Efeitos do Tabaco no Organismo

Em relação ao tabaco, a nicotina interage com os receptores neurais, que liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina, conferindo uma sensação imediata de prazer e alivio (ARAGUAIA, 2002). Além da nicotina, um cigarro contém gás carbônico, monóxido de carbono, amônia, benzeno, zinco, naftalina, dentre outras substâncias. Estas substâncias são responsáveis pelo aumento dos riscos que estes indivíduos tem de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças coronarianas, má circulação sanguínea , enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebral, impotências sexual.
A nicotina age no cérebro em até 20 segundos, sendo considerada uma droga de auto poder de dependência. Esta ação imediata aumenta a probabilidade de um indivíduo se tornar dependente da nicotina e manifestar crises de abstinência, bastante intensas, que podem se iniciar após o ultimo trago, o que o torna dificultoso para o tabagista interromper o uso ( ARAGUAIA, 2002).

Livro: Prevenção de Drogas na Adolescência. Ingrid Cunha Ventura, Lua na Ribeiro Duffrayer,- Petrópolis, RJ: EPUB,2011.
Autores: BRUSTJ.C.M. Uso nocivo de substâncias,1999. Disponível em HPPT//www.appps.eisten.br/alcooldrogas/acessada em 30 de Outubro de 2010.
ARAGUAIA, M. Cigarro, 2002.Disponivelem HPPT:/www.brasiescola.com/drogas/cigarro.html.Acessado em 29 de Outubro de 2010.
OBID/SENAD. Livreto Informativo sobre drogas, padrões de uso.Obid/Senad, 2007. Disponível em HPPT:/www.obid.senad.gov. Acesso em 15 de Dezembro de 2010.

Efeitos do Álcool e Tabaco no Organismo