Aluna: Sidilene Rodrigues Silva.

Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar as representações sociais de mulheres dependentes químicas sobre a contribuição das práticas corporais em seu processo de recuperação e inserção na sociedade. Quatorze internas de uma instituição de tratamento foram entrevistadas e, também, observadas em relação à participação em um programa de práticas corporais, sistematizadas na forma de jogos e exercícios. As falas e práticas demonstraram contradições entre sensações, justificativas e perspectivas em relação ao uso de seus corpos. Com base nos resultados, se buscou compreender como as condições sociais de vida medeiam o modo pelo qual essas mulheres se organizam em benefício de sua saúde.

Introdução

O uso de drogas é influenciado por múltiplos aspectos, sendo difícil prever quais pessoas ou comportamentos desencadearão o consumo. Se a complexidade de fatores é inerente a essa problemática, não é surpresa que sejam necessárias diferentes práticas para se efetivar o tratamento, podendo-se citar, entre elas, a educação para o lazer do dependente químico por meio de práticas corporais recreativas (Gimeno et al., 1998).
Sem perder tal perspectiva multidisciplinar, este trabalho explorou, com base nas representações sociais, significados presentes na adesão de mulheres, em tratamento de dependência química, a um programa de práticas corporais1, na forma de jogos e ginástica. Desta forma, o presente texto traz reflexões sobre como as participantes percebem-se em relação a esse programa no seu processo de recuperação.
Particularmente, analisa-se o modo como seu imaginário ordena essas percepções quando o discurso científico e terapêutico sobre as práticas corporais as justifica, predominantemente, por um viés biológico e funcionalista. No processo de recuperação, é procedimento difundido o consumo de líquidos associado à realização de esforço corporal. Há muito tempo sabe-se que o suor é um veículo para excreção de drogas e seus catabólitos (Kidwell, Blanco, Smith, 1997). Assim, o efeito desejado é o aumento da transpiração e conseqüente excreção desses produtos por meio do suor.

Aspectos metodológicos

A pesquisa caracterizou-se como pesquisa-participante, uma vez que os pesquisadores não procederam somente à descrição direta das características do fenômeno, mas também interagiram na realidade investigada, na qualidade de atores.
Para tanto, foi necessário o planejamento de atividades em consonância com o grupo pesquisado. Em termos gerais, a intervenção constituiu-se pela realização de práticas corporais como: ginástica localizada, ginástica aeróbica, alongamento, jogos de aventura e atividades de recreação, por um período de sete meses, numa instituição de recuperação para mulheres, sendo realizadas 55 aulas. A intervenção foi desenvolvida duas vezes por semana, com duração de uma hora por encontro.
A população deste estudo foi constituída por mulheres com dependência química em recuperação numa instituição filantrópica de Maringá-PR. Oriundas de famílias com renda abaixo de quatro salários-mínimos, todas eram alfabetizadas, tendo as mais jovens interrompido os estudos (Ensino Médio e, no caso de uma, Ensino Superior) em decorrência do consumo de drogas. Quanto às drogas ingeridas pelas mulheres, foram identificadas, em ordem decrescente: álcool, cocaína, maconha, com casos de associação das três. Outras drogas também citadas, em menor recorrência, foram: tabaco, heroína, ecstasy, quinino e cafeína. Ao todo, participaram 14 mulheres, com idade entre 19 e 51 anos, todas em fase de recuperação e internas. Elas consentiram em participar do estudo, sendo garantido o anonimato das informantes (aqui numeradas de 1 a 14). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Maringá – UEM (parecer n.219/2004).

Além das observações diretas, foram realizadas entrevistas estruturadas em dois momentos do trabalho. O primeiro momento diagnóstico foi realizado com o objetivo de identificar o grupo amostral, as causas que o levaram à utilização de drogas e os tipos de drogas consumidas.
Resultados e discussão:

Ao discutirem a contribuição específica do programa de práticas corporais orientado por profissional de Educação Física, embora diversas facetas fossem lembradas, as mulheres destacaram a visão do esforço como uma forma de aquecer o organismo, levando-o a expelir substâncias químicas pelo processo de sudorese.
O fato de o uso de álcool e drogas ilícitas poder ser diagnosticado em amostras de sangue, urina, cabelo, saliva, tecido adiposo, pele, suor e outros tecidos (Behrensdorf & Steentoft, 2003), deve-se à presença da própria droga nesses locais ou de compostos resultantes de seu catabolismo. Embora seja conhecido, há muito tempo, que as drogas podem ser excretadas pelo suor, não existem relatos de trabalhos que tenham quantificado a ação da atividade física na recuperação de dependentes químicos em função da maior eliminação da droga pela sudorese.

Os vários mecanismos pelos quais as drogas podem ser secretadas no suor incluem a difusão passiva da droga do sangue para as glândulas sudoríparas e a migração transdérmica
da droga através da pele (Follador et al., 2004; Huestis et al., 1999).
A concentração das drogas no suor varia com uma série de fatores, dentre eles a concentração da droga no sangue e a intensidade da transpiração (Huestis et al., 1999). Considerando a difusão passiva da droga da corrente sanguínea para o suor, a prática da atividade física, como parte do processo terapêutico, levaria ao aumento do fluxo sanguíneo e da transpiração, aumentando esta via de excreção da droga e seus catabólitos.

Quando questionadas sobre a origem desse saber, as internas revelaram que se trata de um conceito adquirido do discurso biomédico, difundido em revistas ou nas casas de tratamento. Na verdade, parece ser uma informação presente em vários ambientes.
Surpreende, porém, observar que o lócus desse aprendizado teórico tem sido mais os ambientes escolares, destacando-se as aulas de Educação Física sobre saúde. O senso comum criado sobre o esporte não ser droga e, portanto, contribuir para a aquisição de saúde e manter a juventude longe dos vícios, vem colocando as aulas de Educação Física à frente das campanhas escolares de prevenção ao uso de substâncias psicoativas. Pelas informações veiculadas, os conteúdos da cultura corporal acabam sendo reduzidos a funções sociais ou fisiológicas.
Embora não seja conclusiva, a relação entre jogos de vertigem e drogas é sugestiva e revela ambigüidades, pois parece tanto contribuir para o ingresso quanto para a ‘suspensão’ do consumo de entorpecentes. Para Caillois (1994), as drogas seriam a corrupção (exagero) da vertigem (ilinx), que é um impulso primário da condição humana.

De fato, tanto o uso de drogas quanto a prática de esportes radicais produzem sensações de vertigem (representada como emoção, adrenalina). A adrenalina “vicia”, fazendo com que o sujeito busque, cada vez mais, a repetição da atividade que leva à sua liberação. Ademais, há as endorfinas, que são analgésicos naturais que entram em cena logo após a adrenalina, como uma resposta a esse hormônio, causando uma sensação muito agradável de entorpecimento e bem-estar e cessando as dores. Para Gimeno et al. (1998), os jovens em tratamento estudados por eles buscavam trocar a dependência química por uma vertigem natural e socialmente aceita (circo, caiaque, rapel).

A análise de Caillois (1994) enriquece essa compreensão ao demonstrar que o alcoolismo e o consumo de drogas são, em tese, um transbordamento do lúdico reprimido no cotidiano. O autor considera que a vida civilizada em sociedade, como existe hoje, exigiu a marginalização da vertigem, que acabou resistindo em formas degradadas e diluídas. A intensificação das ações em função da produtividade capitalista, exigindo um corpo que atendesse ao ritmo das novas tecnologias, e o gosto pela velocidade, que tomou conta do homem moderno são, conforme Caillois (1994), sobrevivências da vertigem no cotidiano.
Logo, o frenesi na forma como a sociedade produz e se reproduz é obstáculo fundamental para se conseguir viver sem consumir drogas. Não é por acaso que as instituições de tratamento precisam localizar-se em áreas naturais ou rurais, impondo um outro ritmo e uma concepção menos linear de tempo, para que consigam obter avanços na recuperação do dependente químico. Embora, quimicamente, o organismo dessas pessoas vá sempre sentir os efeitos da abstinência das drogas, uma iniciativa no período pós-alta, que parece contribuir com o tratamento e enfrentamento do cotidiano, seria poder optar por uma relação menos compulsiva com o tempo social e a devolução da vertigem ao seu verdadeiro lócus, o lúdico (daí os jogos de aventura).

Feita essa reflexão, vale retomar o contexto do estudo, questionando sobre como a intervenção da Educação Física pode vir a somar-se com outras iniciativas para uma política de fortalecimento do dependente químico na sociedade. É importante lembrar que as práticas corporais foram admitidas na instituição por se acreditar na sua complementaridade à oração e ao trabalho terapêutico, pois a direção da instituição acredita na recuperação do indivíduo em três níveis: físico, mental e espiritual. Logo, foram pensadas numa perspectiva de atividade física e recreação. Não obstante o limite dessa visão (idealista) de saúde, tal contribuição não se restringiria somente ao tratamento, mas perduraria por toda a vida, quando as mulheres, ao saírem da recuperação, continuariam envolvidas com práticas corporais significativas em seu tempo livre.

Sem desejar reforçar uma postura compensatória ou utilitarista, percebe-se que, considerando a realidade estudada, as práticas corporais de lazer proporcionaram sensações de prazer às mulheres que delas participaram. Essas ‘novas’ fontes de satisfação podem contribuir para que se opere a substituição da recompensa percebida ao se consumirem substâncias químicas. O corpo deixa de ser espaço de perdas (de substâncias) para se transformar em um território de produção de sensações agradáveis. Sua vivência não é atrelada a uma função social, mas começaria a apresentar-se mais autodeterminada pelo sujeito da ação.

Por isso mesmo, indagamos sobre as perspectivas das internas. As respostas mais freqüentes foram: reconstituir família, estudar, ajudar outros dependentes químicos, buscar sucesso profissional e ter prática corporal regular.
Mesmo que soe previsível a predileção feminina pela ginástica localizada, independente de sua condição como dependente química e, como segunda opção, a caminhada, é preciso questionar qual a possibilidade dessas mulheres efetivarem suas intenções após o período de tratamento. Por fim, quando essas mulheres se referem à busca do equilíbrio, vale recorrer ao questionamento teórico dessa visão idealizada de saúde, pois nem sempre as condições necessárias para esse equilíbrio estão disponíveis. Como salienta Carvalho (2001, p. 14) “tem saúde quem tem condições de optar na vida”. Estariam imbricados não somente o suposto equilíbrio físico-mental-espiritual (até porque é necessário desequilibrar-se para se equilibrar), mas possibilidades relativas às condições de vida tanto em sua totalidade, quanto no acesso ao lazer, trabalho, cuidados à saúde e educação. Porém, essas políticas parecem não produzir efeito na sociedade brasileira, cuja velocidade compulsiva tem servido a um modelo de desenvolvimento desigual.
Considerações :
Algumas limitações podem ser citadas para o presente estudo. Como limitante podemos destacar o fato de que as entrevistas foram realizadas no espaço físico da instituição e, mesmo garantindo o anonimato absoluto, isso pode ter interferido nas falas das participantes, que podem ter se sentido vulneráveis e, por isso, omitido ou camuflado sentimentos e emoções. Embora todas as mulheres internas na instituição tenham participado do estudo, outro fato a destacar seria o tamanho da amostra que, por ter sido pequeno, costuma ser considerado um fator limitante, não permitindo generalizações.4 Também foram obtidas informações sobre as atividades físicas, esportivas, artísticas e recreativas anteriormente praticadas no tempo livre, e de que forma a Educação Física poderia contribuir para a saúde do grupo. No segundo momento foram feitas discussões sobre as representações das mulheres investigadas acerca de seus corpos e da ação das práticas corporais realizadas sobre eles.

Ao tomar as representações sociais como conhecimento-comum a determinado grupo, assume-se sua constituição com base na interpenetração entre objetividade e subjetividade. Nesse sentido, salienta Minayo (1998), ao se buscar, na área da saúde, compreender os significados, tanto de ações quanto de pensamentos, sentimentos e resistências de grupos populacionais, deve-se considerar tanto o discurso quanto a base técnica.

Para Menéndez (1998), a medicina praticamente se preocupa com as representações e hábitos da população quando eles incidem negativamente sobre a saúde. Todavia, cada “grupo social, independente de seu nível de educação formal, gera e utiliza critérios de prevenção frente aos padecimentos que, real ou imaginariamente, afetam sua saúde na vida cotidiana.

O autor considera fundamental dar-se atenção às representações e ações coletivas na efetivação de programas de saúde, mas adverte que, seja no conhecimento comum ou no acadêmico, os conceitos não são neutros estando ligados, conscientemente ou não, a teorias produzidas dentro de um marco referencial específico. Conforme outros marcos teóricos usam o mesmo conceito, pode haver discrepância, antagonismo ou complementaridade. É preciso, portanto, ir à raiz dos entendimentos, evitando tomar como evidentes os significados do discurso.

Minayo (1999) reitera esse cuidado lembrando que as falas não podem ser tomadas como expressão pura da verdade, sob o risco de se acreditar serem os discursos transparentes, sem contaminação de interesses, falhas de memória e ação da ideologia.

Logo, as representações de qualquer pessoa investigada podem corresponder ao oposto do que está sendo relatado. Por isso, a observação participante foi fundamental para conferir outras falas, gestos e ações gerados espontaneamente (ou não) durante o cotidiano da instituição.
No caso deste estudo, evidenciaram-se múltiplas representações coletivas passíveis de significar a cultura corporal sistematizada num grupo de mulheres dependentes químicas. Primeiro, destacou-se a consideração dessas mulheres sobre o exercício como meio de aumentar a sudorese, isto é, o transporte de substâncias indesejáveis para fora do organismo. Nessa representação, há coerência com discursos presentes na Medicina e na Educação Física. Vêem-se indissociáveis: os valores morais, cujo ascetismo apregoa o esforço físico como um sacrifício para se adquirir mais autocontrole; a visão biomédica de ‘equilíbrio e desequilíbrio’, para a qual o funcionamento saudável do corpo depende do equilíbrio harmônico de certos componentes dentro do corpo. A dependência seria decorrência da carência ou excesso de certas substâncias no corpo, havendo necessidade de
se expelirem os catabólitos da droga.Finalmente, em menor grau, as práticas corporais, como modo de lazer, foram referidas, pelas internas, como positivas ao processo geral de recuperação, influenciando no controle de condições particulares (como controle do estresse e da ansiedade, sociabilidade, qualidade e quantidade de sono). Para o dependente químico, essas carências são iguais ou mais importantes, pois a abstinência da droga desencadeia diversos sintomas, tornando necessária a ocupação do tempo com atividades.

Porém, o mero uso profilático das atividades, sem direcioná-las para o desenvolvimento das internas, desqualifica o papel pedagógico do profissional de Educação Física. Nesse sentido, há de se pensar nesses conteúdos físico-esportivos como uma dupla educação para a vida.
Em complemento, é necessária uma política pública que organize esses aspectos ao longo do período de inserção do dependente químico na sociedade. Para tanto, urge identificar como cada coletividade cria estratégias para dar continuidade as suas experiências corporais na fase pós-internação, considerando a interação destas com o atendimento às outras condições de vida e seus limites numa sociedade já narcotizante em sua essência. A propósito, formar pessoas para autonomia, de modo que sejam capazes de escolher dentro das possibilidades existentes e, concomitantemente, lutar pela sua ampliação, é condição primeira quando se destaca a dimensão político-pedagógica da intervenção profissional.

Cokaboradores:
Os autores Giuliano Gomes de Assis Pimentel, Edna Regina Netto de Oliveira e Aparecida Paulina Pastor participaram, igualmente, da elaboração do artigo, de sua discussão e redação. Giuliano Gomes de Assis Pimentel e Edna Regina Netto de Oliveira também participaram da revisão do texto.

Referências

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Fonte: www.Scielo.br.

Significados das Práticas Corporais no Tratamento da Dependência Química.