Aluna: Vivian de Jesus Bahia

Ao falar em dependência química, o alcoolismo deve ser considerado em primeiro lugar. Trata-se de problema grandemente difundido e enraizado na sociedade, devendo-se desfazer, logo de início, a noção prevalecente de que o álcool é um mal menor. Essa escolha do alcoolismo se deve também a uma concepção pessoal de vida. Percebemos à geração que apontou com maior virulência as substâncias químicas ilícitas como o grande inimigo, como que absorvendo o álcool. Quantos, dessa geração, não ouviram de seus pais:

_ meu filho, por que a maconha, por que não toma um chope, como todo mundo?

Por muito tempo as pessoas tinham a ideia que as drogas era somente as ilícitas, diminuindo a potencialização nesta categoria, todos ignoravam quão responsável pelos distúrbios que recebem o nome de “dependência química ” é o álcool.

Bebe-se muito no mundo, inclusive no Brasil:

Pelo menos dois terços da população da América latina acima de 14 anos consomem álcool regularmente. Nesses países, 7% dos adultos podem ser considerados bebedores pesados e costumazes. Os custos médicos e sociais do problema do alcoolismo somente nos EUA chegaram a 100 bilhões. Países como a Alemanha, o México e o Brasil estão também entre os maiores consumidores de bebidas alcoólicas.

O brasil ocupa o terceiro lugar mundial em consumo e produção de bebidas alcoólicas; é também o maior produtor de bebidas destiladas. São cerca de 1,2 bilhão de litros e cada dia vem crescendo a produção de vinhos voltadas para o comércio nacional, portanto o problema do alcoolismo só tende, a crescer paralelamente.

Critérios de diagnóstico:

A APA publicou em 1994 DSM-IV. Na seção destinada aos distúrbios relacionados a substância psicoativas, esse manual discrimina dois cenários distintos: o de distúrbios na forma de utilizar a substância (abuso e dependência) e os distúrbios induzido pela substância (demência alcoólica, alterações do humor e do sono).

O DSM não estabelece critérios rígidos para determinação de gravidade da dependência. A remissão do problema é caracterizada duplamente: como completa (sem sintomas) ou parcial (um ou dois sintomas, mas não critérios atuais para dependência) e como precoce (ocorrido dentro dos últimos dois meses) ou sustentada (por pelo menos 12 meses).

Alguns critérios para o diagnóstico do alcoolismo pelo DSM-IV são: Tolerância, a tolerância é definida por necessidade cada vez maior para atingir o efeito desejado ou o inverso, como pessoas que bebem cada vez mais e não ter efeito de embriagues, EX: Os chamados, os bons bebedores àquela hora a fio, bebem sem ficar bêbados.

Também tem o critério da abstinência: com a retirada do álcool o indivíduo tem sintomas a partir de tremores chegando até delírio, tem casos que chega a óbito por passar pela abstinência do álcool.

Citações de características do alcoólatra:

Começando por definições do alcoólatra, alcoolismo e genética, alcoolismo e mecanismo de defesa, negação, projeção, racionalização e arrogância.

No que se diferenciam homens e mulheres alcoólatras:

O alcoolismo não se apresenta da mesma forma entre os homens e mulheres. No sexo masculino a doença tende a se manifestar em idade mais baixa, geralmente na adolescência ou em torno dos vinte anos de idade. O curso da doença é insidioso, muitas vezes negando aos individuo a possibilidade de reconhecer a patologia antes dos trintas. Em nossa experiência, alcoólicos do sexo masculino vêm a necessitar de tratamento com internação entre os 30 e 40 anos.

Em mulheres a doença irrompe mais tarde e tem curso mais variável, com frequência associado a quadro depressivo. Além do que apresentam maior tendência a ocultar.

Onde se trata o alcoólatra:

Hospital, o ambiente hospitalar ideal, tratamento em ambiente assistido, normas de conduta, comunidade terapêuticas, hospital -dia re-tratamento ambulatorial.

Conclusão:

A Sociedade custou a compreender os danos e o perigo do alcoolismo. No entanto, estudos cada vez mais imparciais, demonstram o quanto os danos relacionados a esse distúrbio são profundos e demandam tratamentos cada vez mais completos e multidisciplinares.

Embora se apresentem de maneiras distinta entre os sexos, os danos causados pelo alcoolismo são igualmente profundos e requerem diagnósticos precisos e tratamentos integrados.

Os incentivos à produção, a mecanização e a modernização da indústria etílica que alcança escalas de produção que diminuem os custos e diversificam a oferta trazendo uma variedade cada vez mais abrangente de bebidas e um custo cada vez mais acessível, sinaliza que no horizonte teremos uma situação ainda mais crítica que a que vivenciamos hoje, e se a sociedade como um todo não se mobilizar para desenvolver políticas públicas que lidem com a situação em suas mais diversas fases. Teremos sérios problemas sociais a resolver no futuro.

Referência bibliográfica:

Livro: alcoolismo.

Editora Revinter.

Médico: psiquiatra:

Jorge Jaber.

 

 

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