fonte: G1

polícia do Rio afirma que o rapper inglês Kenny Vulcan provavelmente cometeu suicídio por conta de uma depressão profunda, mas familiares do jovem contestam essa versão. Prima de Kenny contou ao G1que ele nunca foi diagnosticado com depressão e que estava feliz com o bom momento profissional.

“O comportamento do meu primo era muito normal, ele tinha feito um ótimo trabalho no cinema do Reino Unido e estava em seu melhor momento profissional. Ele ficou e estava muito feliz com tudo isso. Meu primo nunca foi diagnosticado ou suspeito de sofrer de depressão”, explicou Rais Bona, de 27 anos, prima do rapper inglês.

“Meu primo nunca foi diagnosticado ou suspeito de sofrer de depressão”, diz prima.

Para a delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, as investigações indicam que ele se suicidou e que fugiu de Londres para tentar sair de uma depressão.

“Ele chegou ao Brasil no dia 4 de dezembro de 2017 com o objetivo de morar no Rio de Janeiro e retornar a Londres somente quando a carreira dele como rapper fosse bem-sucedida. As circunstâncias em que ele veio de Londres para o Brasil fofram tentando sair de uma depressão profunda”, disse a delegada que investiga o caso.

O rapper inglês Kenny Paul Nyengele Mukendi, conhecido como Kenny Vulcan, desapareceu na tarde da última sexta-feira (13), quando saiu de um estúdio localizado em um condomínio na Barra da Tijuca.

A Polícia Civil divulgou imagens dos últimos momentos em que o rapper inglês Kenny Vulcan foi visto antes de desaparecer no Rio.

Rapper, ator e modelo, o inglês de 20 anos chegou ao Brasil em dezembro. Ainda pouco conhecido mas com participações promissoras, Kenny apareceu em videoclipes de artistas como James Blunt e Sam Smith e fez pontas em filmes como “Jogador Nº1”, de Steven Spielberg, e “Animais Fantásticos: Os crimes de Grindelwald”, escrito por J.K. Rowling, que será lançado no fim deste ano.

Jorge Jaber, psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, alerta para o aumento do número de casos da doença, que na maioria das vezes não é notada.

“A depressão, na maioria das vezes, passa despercebida pela família. Temos diversos exemplos de grandes artistas que se suicidaram sem que parentes soubessem de qualquer indício. Cerca de 17% dos brasileiros pensam em suicídio diariamente, mas nunca ouvimos o pedido de socorro. Essas pessoas se mantêm silenciosas, levando à surpresa quando ocorre”, destaca o médico.

Clínica Jorge Jaber no G1