ALUNA: WANIA MARIA MASCARENHAS DA SILVA

INTRODUÇÃO:

“Cocaine”, escrita e gravada por JJ Cale fez muito sucesso na voz de Eric Clapton. Segundo
ele, “Cocaine” é uma canção antidrogas, e não pró-drogas, é apenas uma constatação da
realidade que elas criam.
Essa música faz uma analogia em relação à cocaína, mostrando os prazeres e as dores do uso
dessa substância.

Cocaine
If you wanna hang out you’ve got to take her out; cocaine.
If you wanna get down, down on the ground; cocaine.
She don’t lie, she don’t lie, she don’t lie; cocaine.
If you got bad news, you wanna kick them blues; cocaine.
When your day is done and you wanna run; cocaine.
She don’t lie, she don’t lie, she don’t lie; cocaine.
If your thing is gone and you wanna ride on; cocaine.
Don’t forget this fact, you can’t get it back; cocaine.
She don’t lie, she don’t lie, she don’t lie; cocaine.

Cocaína
Se você quer dar uma volta, você tem que levá-la junto, cocaína
Se você quer descer, descer até o chão, cocaína
Ela não mente, ela não mente, ela não mente, cocaína
Se você teve más notícias, você quer chutar as mágoas, cocaína
Quando seu dia se foi e você tem que correr, cocaína
Ela não mente, ela não mente, ela não mente, cocaína.
Se a sua coisa se foi e você quer continuar firme, cocaína
Não se esqueça deste fato, você não pode pegar isso de volta, cocaína
Ela não mente, ela não mente, ela não mente, cocaína

ORIGEM:

A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca), planta nativa da
América Andina, mas só tem valor quando refinada.

Suas folhas eram usadas desde a antiguidade pelos povos dos Andes, os Incas, que as
mascavam para alívio do cansaço, frio, fome e rarefação do ar. Eles a consideravam um
presente dos Deuses e a usavam em cerimônias religiosas.

Mais tarde, a planta foi levada para a Europa, onde se espalhou gradualmente e fizeram
experimentos de infusão alcoólica, criando o vinho Mariani.

Os americanos, para competir, inventaram a Coca Cola, e incluíram a cocaína como um de
seus ingredientes.

Sigmund Freud era adepto de seu uso e a receitava a seus pacientes, para curar a depressão
e outros males, e ela era vendida livremente como anestésico.

Porém, quando começaram a aparecer seus efeitos nocivos e devastadores, ela finalmente
foi proibida.

A Cocaína é uma substância psicotrópica (psico = mente / trópica= atração), estimulante do
sistema nervoso central, com efeitos anestésicos, inibidores do apetite, aumento do ritmo
cardíaco, entre outros.

Utilizada como droga recreativa, ela pode ser fumada, injetada ou aspirada.
Sua forma química pura é o cloridrato de cocaína, uma substância elaborada em laboratório
há mais de 100 anos, através de vários procedimentos, usando produtos como solventes e
ácido sulfúrico. O cloridrato de cocaína (pó ou neve) pode ser usado por aspiração nasal ou
injetado, quando diluído em água. Tratado com reativos alcalinos, a droga se empedra,
produzindo o Crack, que é altamente viciante e atua sobre os neurônios por meio dos
neurotransmissores , na inibição da recaptação, principalmente da dopamina no sistema
mesolímbico – mesocortical, denominado sistema de recompensa do SNC. A substância
também bloqueia a recaptação da serotonina e noradrenalina.

Esse mecanismo permite que os neurotransmissores tenham maior tempo de ação na
sinapse e ocorra uma mensagem de maior estimulação gerando um efeito sinérgico.

Tem efeitos devastadores dependendo da forma como é usada, trazendo inúmeros riscos à
saúde, causando alterações no corpo, atuando nas terminações nervosas, criando euforia e
exigindo cada vez um consumo maior.

EFEITOS

Sensação de prazer, excitação, desejo sexual, acelera os pensamentos, tira o sono e o
apetite e o usuário tem a sensação de poder, força e euforia.

O uso contínuo gera uma tolerância à droga, e cada vez a necessidade de usar mais. Os
efeitos incluem também aumento da pressão arterial, aumento da temperatura corporal e
pupilas dilatadas; propicia doenças cardiovasculares, aumento do ritmo cardíaco, ataque do
coração, dificuldade respiratória e ruptura do septo nasal.

Na via endovenosa, há o risco de doenças infectocontagiosas, como AIDS e hepatite B e C.

Leva também a distúrbios psiquiátricos como depressão, ansiedade, irritabilidade e paranoia
(sentir-se vigiado, perseguido), delírios e alucinações. Em caso de intoxicação aguda,
ocorrem convulsões e arritmia cardíaca.

A dose letal é incerta e pode ser causada por doenças pré-existentes, tolerância e grau de
pureza da droga.

OVERDOSE

Consumo de superdosagem da droga ou uso de cocaína de concentração mais “pura”.

Para atenuar os efeitos desagradáveis da cocaína e minimizar a abstinência, os usuários
costumam fazer uso de álcool, tabaco, anfetaminas e maconha. Tal uso pode complicar, trazendo como consequência uma outra dependência.

CONSEQUÊNCIAS

Os derivados da cocaína causam déficit congênito e lesão pulmonar. Para os dependentes
químicos, usar a droga é o seu principal objetivo. Família, emprego, saúde ficam em segundo
plano.

Não existe cura para dependência. Há o controle da doença com o tratamento. O cérebro
possui uma espécie de “memória” da droga para toda a vida, e mesmo aqueles que não
fazem uso há décadas irão voltar a usar, caso voltem a experimentar.

TRATAMENTO

É multidisciplinar, envolvendo médicos, psiquiatras, psicólogos e outros profissionais.

O uso de medicação é de grande valia, pois ajuda a conter o desejo pela droga e diminuir os
sintomas de abstinência. A internação, tanto voluntária quanto compulsória também pode
ser feita, assim como os grupos de ajuda mútua, como AA e NA.

O apoio familiar é fundamental, a fim de incentivar o paciente pela busca da abstinência. As
recaídas costumam ser comuns, por esse motivo as famílias devem entender que a
dependência química é uma doença, e não um desvio de caráter. Ao mesmo tempo os
familiares devem ter uma postura firme, para não permitir que o adicto os manipule.

A prevenção é nunca experimentar a droga.

CONCLUSÃO:

Optar por tratamentos alternativos pode ser de grande ajuda. Recursos como acupuntura,
técnicas de relaxamento, medicina oriental, entre outras, podem levar à melhoria na
qualidade de vida, embora não existam evidências científicas que tais terapias reduzam o
consumo da droga.

Recaídas podem acontecer. Portanto o indivíduo deve ser estimulado por toda a vida e
manter-se engajado nessa luta árdua. A religião também pode auxiliar na dependência.

BIBLIOGRAFIA:
Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas
A Diehl, DC Cordeiro, R Laranjeira – 2009
https://www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/cocaina.htm
http://www.mundosemdrogas.org.br/drugfacts/cocaine/a-short-history.html
http://www.mundosemdrogas.org.br/drugfacts/cocaine/a-short-history.html

Cocaína e seus efeitos