Aluno: Valdecir Rodrigues
Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômico, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante a intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
FATORES GENÉTICOS
Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, há evidência claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença.
O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos ( univitelinos ), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.
Estudos mostram que adolescentes abstêmios, filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga.
Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Quando acompanhados por vários anos, porém, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes.
Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não tem história familiar de abuso da droga.
INTOXICAÇÃO AGUDA
O álcool cruza, com liberdade, a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral. Poucos minutos depois de um drinque, sua concentração no cérebro já está praticamente igual à da circulação.
Em pessoas que não costumam beber, níveis sanguíneos de 50 mg/dl a 150 mg/dl são suficientes para provocar sintomas. Esses, por sua vez, dependem diretamente da velocidade com a qual a droga é consumida, e são mais comuns quando a concentração de álcool está aumentando no sangue do que quando está caindo.
Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.
Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.
Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia.
O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.
Quando a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirador é chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
Em não alcoólicos, quando a concentração de álcool no sangue chega à faixa de 300 mg/dl a 400 mg/dl ocorre estupor e coma. Acima de 500 mg/dl, depressão respiratória, hipotensão e morte.
Dr Drauzio Varella
drauziovarella.com.br
Publicado em 06/04/2011
Revisado em 16/03/2017