fonte: “Para além da Co-dependência” autora Melody Beattie; “Dr Bob e os Veteranos” autor AA; “Como Al-Anon Funciona” autor Grupos Familiares Al-Anon.
Aluna: Marli Lascasas
O alcoolismo é uma doença que não distingue entre homens e mulheres e que atinge o bebedor e também sua família e amigos. Sabemos que é muito difícil para um homem admitir sua condição de alcoólico e que ainda é mais difícil para uma mulher fazê-lo, devido à maneira como o alcoolismo feminino é visto pela sociedade em geral.
As mulheres alcoólatras durante muito tempo foram entregues às esposas dos membros de AA porquê eles não sabiam como lidar com elas e aconteceram romances fora de lugar. As esposas não alcoólicas estavam mais dispostas se essas mulheres não fossem sozinhas.
São muitos os depoimentos que lembram das dificuldades de ser mulher, especialmente nos anos 1930/40. As mulheres que bebiam demais tiveram que superar em AA a noção de que mulheres educadas não bebem em excesso e que é difícil ser aceita na irmandade por causa da fama que têm de serem ninfomaníacas.
Florence Rankin foi a primeira mulher alcoólica a participar do movimento de recuperação em 1936. No AA as mulheres eram minoria. Mas nos Grupos Familiares de Alcoólicos Anônimos as mulheres vieram a ser a maioria e dominaram sem compreender que esse é o principal indício de que a doença do alcoolismo as tinha atingido. Na verdade as esposas faziam café, escreviam cartas, recebiam as mulheres alcoólicas e tinham medo quando elas chegavam sós e se afastavam, hora que alguns homens se aproveitavam da carência e fragilidade de todas elas.
O alcoolismo não discrimina e atinge todas as pessoas que vivem e convivem com alguém que bebe demais, tanto nas famílias proeminentes como nas das classes oprimidas. Hoje nos Grupos Al-Anon essas pessoas aprendem a por de lado suas diferenças e a manter suas mentes abertas, apoiando-se uns nos outros. Essa é a forca poderosa que traz a recuperação.
Sozinho ninguém consegue superar os efeitos devastadores do alcoolismo.