fonte: Vida & Ação
Em novembro de 2020, a advogada Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, chocou o país ao ser flagrada agredindo verbalmente funcionários e clientes de uma padaria em São Paulo, como mostrou uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo. Ela alegou sofrer de bipolaridade, depressão e síndrome do pânico, e por isso perdeu o controle, situação que admitiu já ter ‘passado por isso’ outras duas vezes. Mesmo assim, acabou indiciada por homofobia e injúria racial.
Mas será que o transtorno bipolar de humor pode levar a pessoa a sair de si e depois não se lembrar do que fez? Lidiane não é a única. A bipolaridade afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os sintomas da condição, que já foi conhecida como doença maníaco-depressiva, incluem mudanças de humor, variando de alterações leves a extremas. Vários famosos convivem com o problema de saúde mental, a exemplo do rapper Kanye West e as cantoras Selena Gomez e Demi Lovato.
No Brasil, a musa fitness Raissa Barbosa também confessou que a alguns anos atrás já teve a doença. “É um sentimento muito ruim, tudo muda do nada. Não desejo isso para ninguém”. Raissa contou que no início quis lutar sozinha contra o transtorno, mas que com o passar do tempo optou pela terapia. “Não entendo por que as pessoas ainda se recusam a fazer terapia, o tratamento me ajudou bastante a lidar com isso”.
Além da terapia a musa viu a academia como um refúgio para ajudar no controle do transtorno de bipolaridade. “Eu sempre gostei de malhar, e vi na academia uma saída para tudo isso, lá eu me sinto bem e esqueço os problemas de fora. A academia já ajudou muito nesse processo”, revela.
Esse tipo de transtorno não tem cura, mas há tratamento para que a doença seja controlada e a pessoa consiga ter uma vida normal. O tratamento é fundamental, já que o paciente com Transtorno Bipolar do Humor é uma dos principais vítimas de suicídio. E muitos casos estão ligados ao uso de substâncias químicas.
Em entrevista exclusiva ao Portal ViDA & Ação neste Janeiro Branco, dedicado à saúde mental, o psiquiatra Jorge Jaber, especialista em Dependência Química pela Universidade de Harvard, explica tudo sobre a doença. Segundo ele, hoje em dia essa grave doença mental tem tratamento, que pode levar seis meses, muitas vezes sem necessitar de internação. Confira!