fonte: Conexão Seguros Unimed
Recentemente, o Brasil todo passou por uma de suas maiores situações emergenciais. Por conta da greve dos caminhoneiros, não só o abastecimento de alimentos ficou prejudicado, como ocorreu a escassez de materiais em hospitais públicos e particulares. Com a rotina completamente impactada, o atendimento aos pacientes também foi prejudicado.
Para Jorge Jaber, psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, o processo de atendimento na área da saúde faz parte de uma cadeia onde, na falta de algum componente, todo o sistema se prejudica. “Se faltar energia, por exemplo, e não houver combustível para o gerador, não será possível fazer a desinfecção e os pacientes ficarão expostos às infecções. Isto aumenta o risco da função médica, podendo causar outras doenças, e acarreta uma baixa de qualidade da medicina praticada.”
Como se preparar para uma possível falta de materiais?
Ter um estoque e fazer um planejamento estratégico fará total diferença no atendimento aos seus pacientes. Para isso, leve em consideração a sua experiência dos últimos anos e tire uma média dos materiais que teve mais dificuldade em encontrar, mesmo em tempos de entrega normal. Assim, será possível ajustar o seu estoque.
Tenha sempre uma reserva baseada na estatística de carências, com uma capacidade de, pelo menos, 20 dias. Corre-se o risco de perder a validade dos produtos, mas essa tática aumenta a segurança. “Essa gestão é feita de melhor forma quando há um sistema informatizado que integre os setores do serviço, inclusive de gerenciamento de estoque e materiais. Uma rotina de solicitação de materiais deve existir prevendo as possíveis faltas e evitando transtornos ao serviço e aos clientes”, ressalta Roberto Debski, médico e diretor da Clínica Ser Integral de Santos.
O que pode ser feito em situações de escassez?
A falta de material, principalmente em serviços de urgência e emergência, pode acarretar desde inconvenientes menores até em situações de risco à vida do paciente. Para que isso não aconteça, é fundamental gerir bem os materiais que sobraram no estoque.
“Além disso, se houver a perda de material, é comum fazer uma bolsa de trocas entre outras instituições. Oferecemos o material e nos candidatamos a sermos atendidos em eventual situação de falta. Neste caso, é importante ter mais de um fornecedor”, pontua Jaber.
Já os profissionais de saúde que atuam isolados em consultórios ou ambulatórios têm pouca chance de provisionar os seus recursos e são fortemente atingidos pelas situações extraordinárias de carência.