MÓDULO DE PROGRAMA DE ESTUDO I

“A PSICANÁLISE: ORIGENS E COMO USAR NA VIDA DIÁRIA”

CLASSE I: Sigmund Freud, Pai da Psicanálise.

A primeira aula terá como objetivo abordar a história do criador da Psicanálise, o neurologista austríaco Sigmund Freud. Haverá uma revisão de suas origens, família e relação com a Áustria, bem como seu desenvolvimento acadêmico, onde faremos esforços em sua relação com Theodor Meynert, psiquiatra alemão, que também foi neuroanatomista e neurologista, com quem fará conseguir uma bolsa para estudarem Paris com Jean Martin Charcot, neurologista francês e professor de anatomia patológica, no hospital Salpetriere. Isso determinaria um antes e um depois na história de Freud, ao mesmo tempo em que emergiam as primeiras propostas teórico-práticas que inauguravam um novo olhar sobre as neuropatologias, utilizando a hipnose e o método catártico para tratar as neuroses, mas depois de dez anos Freud começou a se inclinar para associação livre como método terapêutico. Este seria o início do que ele mais tarde chamaria de Psicanálise.

BIBLIOGRAFIA:

  • “Publicações pré-psicanalíticas e manuscritos inéditos durante a vida de Freud”. Sigmund Freud (1886-1899)
  • “Hipnose”. S. Freud (1886-1893)
  • “Histeria”. Sigmund Freud (1888)
  • “Apresentação autobiográfica”. S. Freud (1925-1926)
  • “Transfira amor”. S. Freud (1915)

CLASSE II: A Associação Livre.

Este é o método por excelência da Psicanálise, em que o paciente expressa todas as suas ideias, pensamentos, imagens, memórias, ocorrências e emoções, sem qualquer tipo de filtro ou restrição. Por mais que o material pareça imodesto, incoerente, irracional ou desinteressante, ele faz parte daquilo que o inconsciente manifesta, daí sua importância. É justamente a observação dessa técnica essencial que contribui para o surgimento das representações inconscientes, atualizando os mecanismos de resistência. A equação é simples, mais liberdade nas associações, mais possibilidades de expressão do ICC. Para que a interpretação do analista aconteça, é de vital importância ouvir ativamente o paciente, e que o ambiente tenha uma série de características que garantam a tranquilidade tanto do analista quanto do paciente.

Nesta aula iremos promover a compreensão deste método, procurando introduzi-lo no cotidiano para o autoconhecimento e ultrapassagem de conflitos, indagando se um leigo pode exercer a análise.

 BIBLIOGRAFIA:

  • “Apresentação autobiográfica”. S. Freud (1925-1926)
  • “Transfira amor”. S. Freud (1915)
  • “Conselhos ao médico sobre o tratamento psicanalítico”. S. Freud (1912)
  • “Os leigos podem exercitar a análise? S. Freud (1926)

CLASSE III: Transferência como fenômeno universal.

Da Psicanálise, a transferência é a função psíquica por meio da qual uma pessoa inconscientemente transfere e revive em novos vínculos seus antigos sentimentos, afeições, expectativas ou desejos infantis reprimidos em relação a outra pessoa. É muito importante que o analista consiga isso, pois isso permitirá ao paciente expor tudo o que o afeta. O objetivo principal neste terceiro módulo é compreender este fenômeno e sua incidência em uma boa análise.

Por outro lado, trataremos também da relação entre transferência e o complexo de Édipo.

BIBLIOGRAFIA:

  • “Apresentação autobiográfica”. S. Freud (1925-1926)
  • “Transfira amor”. S. Freud (1915)

CLASSE IV: Histeria.

O ponto de partida da teoria psicanalítica é a histeria. Faremos, nesta aula, um caminho para a compreensão desse conceito e de como ele é enfrentado hoje.

Freud percebe que os sintomas apresentados pela histeria, apesar de mostrarem desconforto físico, não têm relação com o biológico, portanto, a possibilidade de esse sintoma cumprir uma função na vida da pessoa histérica é formulada como hipótese. Propõe “ouvir” o sintoma a partir de uma perspectiva diferente da medicina biológica. Na obra de Freud, a histeria ocupa um lugar importante, foi por causa dessa estrutura clínica que ele deixou o campo da medicina e passou para o da Psicanálise.

BIBLIOGRAFIA:

  • “Apresentação autobiográfica”. S. Freud (1925-1926)
  • “Histeria”. Sigmund Freud (1888)
  • “Estudos sobre histeria”. J. Breuer e S. Freud (1895)